sábado, 14 de julho de 2007

' Ex abrupto' ou ¬¬ ou " eita tarde sem-graça"


Ex...

Minha irmã costuma dizer que ex-namorado não morre, vira pomba...
-Ninguém sabe de onde vêm ou para onde vão. Quando menos se espera estão ali.
-Há leis que nos impedem de matá-los (não importa de destroem monumentos históricos ou bagunçam sua vida).
-Costumam fazer grandes cagadas em lugares públicos.
-São inconvenientes.
-Não tem nada de atraente ou bonito, mas todo mundo acha um símbolo de paz (se prestarmos bastante atenção, são feios pra caralho).
-Todo mundo diz que pombos transmitem doenças, mas você sempre acha bonitinho quando ele chega perto.
- Aparecem quando não precisamos (que precisa de pombos – ou de ex?).
- Todo mundo sabe que não se deve alimentar os pombos, mas sempre damos comida para eles.

¬¬




#Hum... e o que aquelas piranhas fazem lá em cima? simples, é quase impossível falar de ex e esquecer desses simpáticos bichinhos.
#Espaço para esclarecimentos... pois é não existia nenhuma menina com blog picante comentando nesse humilde e comum e nada picante blog. Amigos tem brincadeiras estranhas... E se você confia no amigo, as brincadeiras ficam piores ainda.
#Acho que a mudança de idade próxima está voltando a assustar-me. A alma e não o corpo.
#Pois é....
#That's all, folks!

sábado, 30 de junho de 2007

vaidecumforça hahahahaha

Lagarto

"I didn't want to know ...I just didn't want to know ...Best to keep things in the shallow end"

Blue - The Perfect Circle

Total atonia isso, mas, em mim, o conhecimento mais assusta que seduz. E nem me refiro aos contentes que podem deitar e dormir [sem pensar no sentido das coisas, no não-sentido dessa coisa pré-estabelecida por algum tolo e convenientemente "batizada" de vida normal e respeitável que "todos" almejam ter...]. O dia a dia mesmo. Saber quem realmente são as pessoas próximas, tudo aquilo que preferimos nem admitir, nem sonhando. São bem melhores os momentos de não-certeza, só não melhores do que os de não-conhecimento [pois a dúvida já pesa na alma...].

Há tanta coisa dentre as que busquei saber, mas hoje prefiro o não, não ter prestado atenção, analisado. Queria ter esquecido depois ao invés de descobrir serem certas minhas suposições. Não sou mais inteligente que a maioria da população. Não mesmo. Mas certos detalhes atraem e lá estou eu observando [eu costumo olhar o coelhinho correndo do lado da estrada e bater o carro numa scania, essa é a verdade]

Nem saberia escrever aqui tudo que –quase- aconteceu e que eu preferia não ter observado [ou não], mas que devia sim ter acontecido plenamente. Melhor deixar as coisas quietas...

Litorânea. Sangue frio [sangue-frio?] Sentei-me ao sol para secar o vestido, sal na boca, na pele, vento frio, água do mar... Algo antes das 8 da manhã [pouco mais de 5 horas de sono nos últimos dois dias, fome, estranheza por ser a única sóbria em meio a tantos amigos bêbados, por não ter experimentado essa alegria de sonrisal em copo d’água por que o são joão acabou e não se precisa mais daquele arraial, a terra é redonda e aquela história do cometa era apenas uma jogada de marketing de empresas automobilística...]. Foi foda pensar em como seriam as coisas se apenas cabeças se inclinassem algo mais. O mundo ruiria. Nem sei se a reconstrução seria esplendorosa como outrora pensei. Mas seria necessária, já se faz necessária.

Eu não acho certo ou errado. É questão sua. Quem diz se devemos ou não somos nós.Quem vai saber? Esses problemas não são meus, mesmo. Só estou observando e não sei por que ficou uma sensação estranha.

[Devia ter alguma lei para obrigá-lo a estar no Gtalk às 10h30min, todos os sábados-mesmo os de sol como esse, quando vc costuma ir aproveitar o tempo livre com a esposa-que é pra escutar-me depois de noites insólitas...]

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Ontem, contrariando o bom-senso, as opções seguras, o sentido microbiológico da minha formação acadêmica, orientação materna e minha dieta, resolvi comer batata frita na Deodoro. É nessas horas que temos consciência do nosso desamor à vida e que tudo pode ser respondido com um “o que me importa?”. Era o agora, o ali.

Nem era fome. Tinha muito da vontade de arriscar-se.Esqueci-me de tudo, até da pressa- pois era minha última chance de ir num ônibus não-lotado e não pegar um engarrafamento maldito.

Segui para uma das bancas onde se vendia de tudo, menos acarajé (“Ah, mas que saudade eu tenho da Bahia...”) passos firmes, já sentindo por antecipação o gosto da batata, crek-crek-crek. A tia estava lá, na quentura da sua labuta (desfrita-frita-frita-desfrita-sal?), quase sorridente, quase satisfeita.

“Uma, por favor...” - ponta de remorsos... Já estou aqui, seguirei!

“Morda-me”!

Retas, amarelinhas, sequinhas.

“Morda-me”!

Tão booom.

Dane-se o resto.

quarta-feira, 20 de junho de 2007


Eu parti o coração daquela criatura a quem roubei o beijo. E eu sabia bem o que estava fazendo.
Era alguém que me amava -há tempos - e eu só quis sexo.
Um dia, aprenderei a não ser ruim assim...

sábado, 19 de maio de 2007

























Claro, todas essas coisas de gostar e sentir são confusas mesmo. Ninguém advoge para si a plena certeza por algo tão nebuloso.
Eu defendo minha arrogância , minha ignorância frente a o que um beijo ousou despertar. Então, vejo-me passível, impotente, caído ante meu desentendimento interior. Tão confuso ao ponto de não ser direto. Tão confuso ao ponto de só querer atenção. A tua atenção.
Torço pelo casal da novela. Um final feliz. Mesmo sabendo que finais felizes não são de verdade. Nem novelas.

sábado, 12 de maio de 2007

Orgias !
A idéia que se tem das antigas orgias romanas é a do completo abandono aos instintos, um vale-tudo regido pela espontaneidade e só limitado pela saciedade, ou pela imaginação lúbrica de cada um. Os convites diriam “venha como estiver e saia como puder” e tudo que acontecesse entre o primeiro “evoé” e o último arroto seria obra da improvisação e do acaso. Mas é claro que precisava haver um mínimo de premeditação nas bacanais, nem que fosse para assegurar que no momento em que o imperador estalasse os dedos e pedisse “17 escravas núbias e um cabrito!” não criasse correria e embaraços.
— Essas escravas núbias vêm ou não vêm?
— Estamos providenciando, estamos providenciando!
— E o cabrito?
— Pegamos emprestado da orgia ao lado, mas ele precisa de
meia hora para se recuperar!
Pouca gente sabe que existia, na Roma Antiga, até a profissão de
organizador de orgias, ou baccanum, profissional muito valorizado, tanto que é daí que vem a palavra “bacana”, mas não digam que fui eu que disse. Os baccanae funcionavam assim como os modernos bufês, que se encarregam de todos os detalhes de uma recepção. Só que as exigências da época, claro, eram um pouco diferentes.
— Precisamos de 2.000 pés para a orgia de sábado.
— Você quer dizer canapés.
— Não, pés mesmo.
— Esse Calígula...
Um bom baccanum sabia organizar uma orgia até os mínimos detalhes e embora não pudesse determinar o comportamento individual dos convidados, entregues aos seus loucos prazeres, fazia o possível para que a festa transcorresse de forma organizada, que nada faltasse e que tudo ocorresse na hora devida. Antes de começar a orgia, um baccanum normalmente reunia sua equipe e o pessoal contratado e dava as últimas instruções.
— Anões besuntados, deste lado. Por favor, tentem manter a máxima discrição até a hora de entrar no salão. Lembrem-se de que vocês entram depois da briga de camelos. Antes disso houve a guerra de ovos entre os dois lados da mesa, é possível que o chão ainda esteja escorregadio. E só Deus sabe o que os camelos farão no chão durante a briga, portanto, muito cuidado para não escorregar. Na última orgia, um dos anões deslizou diretamente para o colo de Flávia Calpúrnia e foi decapitado antes que pudesse se explicar. Bailarinas, onde estão as bailarinas?
Ah, aí estão vocês. Vocês entrarão dentro dos bois assados. Não se preocupem, serão costuradas dentro dos bois depois de assados, salvo alguma última ordem em contrário. No momento em que os bois forem abertos, saiam dançando, e sem cara feia. Alguém, por favor, quer segurar esses camelos? A briga é lá dentro. Obrigado. Escravas núbias: façam o que fizerem, por favor não irritem o cabrito! Vocês têm só 15 minutos para o número, e quando fica irritado o cabrito não consegue se concentrar. Deixa ver. Falta alguma coisa? Garçons, mostrem as mãos. Muito limpas! Quero ver essas mãos sujas. Sujas! Muito bem. Todos a postos e esperem o gongo.
Quando se diz que o Brasil está parecendo uma orgia, não se está sendo exato. De certa forma isso aqui sempre foi uma orgia, uma simpática convivência de apetites mais ou menos desenfreados, mais ou menos safados. O que mudou é que não parece haver mais a menor coerência no deboche. Os anões besuntados entram e saem à hora que querem, a Flávia Calpúrnia pula no pescoço do cabrito e o arrasta para um canto, e vá tentar conseguir um garçom para trazer o leitão caramelado.
Quer dizer, orgia está certo. Mas um mínimo de organização!

Luis Fernando Veríssimo...


segunda-feira, 30 de abril de 2007

De dormir e coisas incontroláveis relacionadas.

Tenho tido sonhos estranhos.
Pura falta... de sexo!
Ex, colegas de aula, gente que nem existe...Nada escapa a essa mente doentia, que agora convive com mais um mal: o imenso tempo sem dar uma.
Não é fácil encontrar alguém, beijar e ir pra cama -não que cama seja mesmo necessária- não assim de primeira. Não é fácil por que não sou - mesmo em desespero sexual- tão sem pudores, tão despreendido, tão confiante (ou confiável...) que se vá assim aos finalmentes no primeiro encontro "romântico" (na falta de termo melhor, vai esse mesmo).
Tudo bem, tudo bem. Isso já aconteceu. Álcool. Em minha casa. Essas reuniões de vinho e violão. Mas rolou outras vezes. Na verdade só mais uma. Talvez porque o lado de lá achou o amor da sua vida e o meu não exista.
Talvez.
Ok. Nõ foi o único relato de sexo ao primeiro beijo. (Menininhas, vocês não precisam ler isso! Ou precisam?) Visita noturna. Mas tínhamos um relacionamento prévio pela internet. Diário. Acho até que nos conhecíamos bem.
Mas sexo com estranhos não é bom. Precisa-se de intimidade para certas coisas.
E minha casa não é abatedouro.
Meus sonhos tinham algo de terrível também.
Todos sonhos do amanhecer, aqueles canção meio acordada - os maiores fazedores de nó em minha cabeça oca. O de ontem englobava confissões sobre assassinatos, estupros e mentiras. Mas eu estava apenas olhando. Hoje já senti mãos, beijos - apesar de seres estranhos tentarem invadir a chácara os meus pais e "amigos" meus colocarem bombas e ter um monte de gente e pouco tempo para tirá-los de lá. Mas lembro de cada cena. Os prazeres da minha mão, os beijos, os toques, a pele, a urgência...
Sem brincadeiras, eu preciso trepar.

terça-feira, 24 de abril de 2007


Resigno-me. É uma arte.
O homem que não serei.
A mulher que não terei.
O asco por coisas tão bobas [lodo que sai da boca e escorre feliz pelas mãos], tão bobas que não-faço/faço.
Eu sou tolo. O Sol é tolo a brilhar no meio da tarde.
Não tem problema. Entro em qualquer ônibus. Daí são mais 12 quarteirões até em casa. Pareço mesmo querer fugir de mim, sem destino, sem importar-me com isso.
O caminho? ah...mesmos rostos. Mesma cor. Mesmos carros. Até os cães na rua são os mesmos todo dia.
Desço. Passos largos. Calças largas. Pessoas olhas :" Por que andaria tão assanhado esse menino?" Se eu fosse careca talvez dissessem pior.
Ando como se precisasse andar. Meu olhar de pedinte espanta.
O cheiro de fumaça também. Esse, sempre me acompanha. Algo aqui pega fogo. O tempo todo. Todo o tempo.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

mais um gole...

só mais um...

mais um...


[pois, é...a quem nunca provou da Bebida Púrpura, sugiro nem experimentar...]


segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

AS LITANIAS DE SATÃ


Ó tu, o Anjo mais belo e o mais sábio Senhor,
Deus que a sorte traiu e privou do louvor,

Tem piedade, Satã, desta longa miséria!

Tu, que és o condenado, ó Príncipe do Exílio,
E que, vencido, sempre emerges com mais brilho,

Tem piedade, Satã, desta longa miséria!

Tu, sábio e grande rei do abismo mais profundo,
Médico familiar dos males deste mundo,

Tem piedade, Satã, desta longa miséria!

Tu, cujas graças ao leproso e ao paria cedem
Com a lição do amor o próprio gosto do Éden,

Tem piedade, Satã, desta longa miséria!

Ó tu, o que da Morte, a tua velha amante,
Engendraste a Esperança - a louca fascinante!

Tem piedade, Satã, desta longa miséria!

Tu, que dás ao proscrito a fronte soberana,
Que em torno de uma forca um povo inteiro dana,

Tem piedade, Satã, desta longa miséria!

Tu, que bem sabes onde, nas terras mais zelosas,
Cioso Deus guardou as pedras mais preciosas,

Tem piedade, Satã, desta longa miséria!

Tu, cujo olhar conhece os fundos arsenais,
Em que dorme sepulto o povo dos metais,

Tem piedade, Satã, desta longa miséria!

Ao sonâmbulo a errar à borda de edifícios,
Tu, cuja larga mão esconde os precipícios

Tem piedade, Satã, desta longa miséria!

Tu, que magicamente abranda ossos ralos,
Do ébrio retardatário a quem pisam cavalos,

Tem piedade, Satã, desta longa miséria!

Tu, que ao homem - nas mãos da desventura um títere -
Ensinaste a juntar enxofre com salitre,

Tem piedade, Satã, desta longa miséria!

Tu que impões tua marca, ó cúmplice sutil,
Sobre a fronte de Creso, que é impiedoso e vil,

Tem piedade, Satã, desta longa miséria!

Tu, que na alma e no olhar destas mulheres pões,
O culto da ferida e o amor dos farrapões,

Tem piedade, Satã, desta longa miséria!

Do exilado bastão, lâmpada do inventor,
Confessor do enforcado e do conspirador,

Tem piedade, Satã, desta longa miséria!

Pai adotivo dos que, em sua ira sombria,
Deus Pai pode expulsar do paraíso um dia,

Tem piedade, Satã, desta longa miséria!


Charles Baudelaire

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007




quanto menos você sabe, mais você teme...