quarta-feira, 27 de junho de 2007

Ontem, contrariando o bom-senso, as opções seguras, o sentido microbiológico da minha formação acadêmica, orientação materna e minha dieta, resolvi comer batata frita na Deodoro. É nessas horas que temos consciência do nosso desamor à vida e que tudo pode ser respondido com um “o que me importa?”. Era o agora, o ali.

Nem era fome. Tinha muito da vontade de arriscar-se.Esqueci-me de tudo, até da pressa- pois era minha última chance de ir num ônibus não-lotado e não pegar um engarrafamento maldito.

Segui para uma das bancas onde se vendia de tudo, menos acarajé (“Ah, mas que saudade eu tenho da Bahia...”) passos firmes, já sentindo por antecipação o gosto da batata, crek-crek-crek. A tia estava lá, na quentura da sua labuta (desfrita-frita-frita-desfrita-sal?), quase sorridente, quase satisfeita.

“Uma, por favor...” - ponta de remorsos... Já estou aqui, seguirei!

“Morda-me”!

Retas, amarelinhas, sequinhas.

“Morda-me”!

Tão booom.

Dane-se o resto.

2 comentários:

Anônimo disse...

jah pesquisei tudo sobre deodoro. avenida deodoro, rua deodoro, parque deodoro, praça deodoro mas nao consegui descobrir de onde vc fala. ah, fala para mim, vai!

Suhelen disse...

[ah, mas que saudade eu tenho da bahiiiiia.... ah, se eu escutasse o que mamãe diziiiiiia...]

^^
batatinha frita, um, dois, três!!!