sábado, 30 de junho de 2007

vaidecumforça hahahahaha

Lagarto

"I didn't want to know ...I just didn't want to know ...Best to keep things in the shallow end"

Blue - The Perfect Circle

Total atonia isso, mas, em mim, o conhecimento mais assusta que seduz. E nem me refiro aos contentes que podem deitar e dormir [sem pensar no sentido das coisas, no não-sentido dessa coisa pré-estabelecida por algum tolo e convenientemente "batizada" de vida normal e respeitável que "todos" almejam ter...]. O dia a dia mesmo. Saber quem realmente são as pessoas próximas, tudo aquilo que preferimos nem admitir, nem sonhando. São bem melhores os momentos de não-certeza, só não melhores do que os de não-conhecimento [pois a dúvida já pesa na alma...].

Há tanta coisa dentre as que busquei saber, mas hoje prefiro o não, não ter prestado atenção, analisado. Queria ter esquecido depois ao invés de descobrir serem certas minhas suposições. Não sou mais inteligente que a maioria da população. Não mesmo. Mas certos detalhes atraem e lá estou eu observando [eu costumo olhar o coelhinho correndo do lado da estrada e bater o carro numa scania, essa é a verdade]

Nem saberia escrever aqui tudo que –quase- aconteceu e que eu preferia não ter observado [ou não], mas que devia sim ter acontecido plenamente. Melhor deixar as coisas quietas...

Litorânea. Sangue frio [sangue-frio?] Sentei-me ao sol para secar o vestido, sal na boca, na pele, vento frio, água do mar... Algo antes das 8 da manhã [pouco mais de 5 horas de sono nos últimos dois dias, fome, estranheza por ser a única sóbria em meio a tantos amigos bêbados, por não ter experimentado essa alegria de sonrisal em copo d’água por que o são joão acabou e não se precisa mais daquele arraial, a terra é redonda e aquela história do cometa era apenas uma jogada de marketing de empresas automobilística...]. Foi foda pensar em como seriam as coisas se apenas cabeças se inclinassem algo mais. O mundo ruiria. Nem sei se a reconstrução seria esplendorosa como outrora pensei. Mas seria necessária, já se faz necessária.

Eu não acho certo ou errado. É questão sua. Quem diz se devemos ou não somos nós.Quem vai saber? Esses problemas não são meus, mesmo. Só estou observando e não sei por que ficou uma sensação estranha.

[Devia ter alguma lei para obrigá-lo a estar no Gtalk às 10h30min, todos os sábados-mesmo os de sol como esse, quando vc costuma ir aproveitar o tempo livre com a esposa-que é pra escutar-me depois de noites insólitas...]

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Ontem, contrariando o bom-senso, as opções seguras, o sentido microbiológico da minha formação acadêmica, orientação materna e minha dieta, resolvi comer batata frita na Deodoro. É nessas horas que temos consciência do nosso desamor à vida e que tudo pode ser respondido com um “o que me importa?”. Era o agora, o ali.

Nem era fome. Tinha muito da vontade de arriscar-se.Esqueci-me de tudo, até da pressa- pois era minha última chance de ir num ônibus não-lotado e não pegar um engarrafamento maldito.

Segui para uma das bancas onde se vendia de tudo, menos acarajé (“Ah, mas que saudade eu tenho da Bahia...”) passos firmes, já sentindo por antecipação o gosto da batata, crek-crek-crek. A tia estava lá, na quentura da sua labuta (desfrita-frita-frita-desfrita-sal?), quase sorridente, quase satisfeita.

“Uma, por favor...” - ponta de remorsos... Já estou aqui, seguirei!

“Morda-me”!

Retas, amarelinhas, sequinhas.

“Morda-me”!

Tão booom.

Dane-se o resto.

quarta-feira, 20 de junho de 2007


Eu parti o coração daquela criatura a quem roubei o beijo. E eu sabia bem o que estava fazendo.
Era alguém que me amava -há tempos - e eu só quis sexo.
Um dia, aprenderei a não ser ruim assim...