terça-feira, 24 de abril de 2007


Resigno-me. É uma arte.
O homem que não serei.
A mulher que não terei.
O asco por coisas tão bobas [lodo que sai da boca e escorre feliz pelas mãos], tão bobas que não-faço/faço.
Eu sou tolo. O Sol é tolo a brilhar no meio da tarde.
Não tem problema. Entro em qualquer ônibus. Daí são mais 12 quarteirões até em casa. Pareço mesmo querer fugir de mim, sem destino, sem importar-me com isso.
O caminho? ah...mesmos rostos. Mesma cor. Mesmos carros. Até os cães na rua são os mesmos todo dia.
Desço. Passos largos. Calças largas. Pessoas olhas :" Por que andaria tão assanhado esse menino?" Se eu fosse careca talvez dissessem pior.
Ando como se precisasse andar. Meu olhar de pedinte espanta.
O cheiro de fumaça também. Esse, sempre me acompanha. Algo aqui pega fogo. O tempo todo. Todo o tempo.

2 comentários:

Anônimo disse...

sempre bom descobrir espaços, artes, brilhos no meio da tarde, da noite... na madrugada ou na manhã.

todo o tempo. o tempo todo.

[nem sempre é preciso entender.]

bjos

Anônimo disse...

Eu acho que é, sim, preciso entender. Pq entender faz parte da nossa essência, o que nos torna humanos ... Eu já fui igual a esse curinga. Ambivalente. Ora triste, hora feliz. Ora calado, ora falador. Ora chamando a atenção, ora simplesmente passando sem que ninguem desse por mim. Mas eu venci. E vc? Pq não acha que é preciso entender?